quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Feira do Livro na EBIASM

“Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia."
                                                                                               Carl Sagan


De 5 a 9 de dezembro decorreu a tradicional Feira do Livro na Escola Básica Integrada Aristides de Sousa Mendes.
 A Feira do Livro, integrada no Plano Anual de Atividades do Agrupamento, tem como objetivo primordial incentivar as nossas crianças e jovens para a leitura, possibilitando o contacto mais próximo com o livro, desde a Literatura Portuguesa e Estrangeira, Publicações Infantis e Juvenis, Gramáticas e Dicionários, entre outros, e a sua aquisição a preços mais acessíveis.
Nos dias 6 e 7 de dezembro recebemos a visita da Técnica da Biblioteca, Sandra Oliveira, que veio contar a história Onde perdeu a Lua o riso? às crianças do Pré- Escolar e alunos do 1.ºciclo de Cabanas de Viriato, Beijós, Sobral e Pardieiros. Também os alunos dos 2.º e 3.º ciclos visitaram a Feira do Livro. No final da visita, estes deixaram uma mensagem num cartaz “A leitura….”
Esperamos, com mais uma edição da Feira do Livro ter despertado ainda mais o prazer pelo mundo mágico dos livros e da leitura, deixando em aberto o convite: Viver a Leitura…Crescer com o Livro!

domingo, 27 de novembro de 2011

Dia Internacional do Cidadão Portador de Deficiência

     À semelhança dos aos anteriores, as Bibliotecas Escolares pretendem assinalar o Dia Internacional do Cidadão Portador de Deficiência, sensibilizando a comunidade escolar para a diferença.
     Nos dias 3 e 5 de dezembro, terá lugar na biblioteca da escola sede a sessão "Aprender a viver com a diferença", dinamizada pelo funcionário do agrupamento Abílio Moura. Esta atividade será desenvolvida nas aulas de Formação Cívica e destina-se aos alunos do 10.º ano.
     Nos dias referidos, nas bibliotecas,  serão projetados o videoclip de Susana Félix "O mesmo olhar" e pequenos filmes relacionados com a temática.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Concurso Nacional de Leitura - fase agrupamento


O Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal decidiu aderir, mais um ano, ao Concurso Nacional de Leitura, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura em articulação com a RTP, Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e Rede de Bibliotecas Escolares. Pretende-se, com esta iniciativa, estimular o prazer de ler e a leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário.

Na 1ª fase, realizada a nível de agrupamento, as obras selecionadas são as seguintes:

3.º Ciclo do Ensino  Básico
José Cardoso Pires, O Burro-em-pé.
Miguel Torga, Novos Contos da Montanha.

Ensino Secundário
Anne Frank, Anne Frank.
 Mário de Sá-Carneiro, Loucura

Inscreve-te nas BEs ou junto do teu professor de Língua Portuguesa / Português. Participa!

sábado, 12 de novembro de 2011

"Levar a BE às Escolas do 1.º Ciclo e aos Jardins de Infância"

Ao longo dos meses de novembro e dezembro, as professoras bibliotecárias do agrupamento deslocam-se às Escolas do 1.º Ciclo e aos Jardins de Infância, a fim de promoverem a missão da biblioteca na escola. Levam consigo um “bocadinho das bibliotecas”, ou seja, um baú carregadinho de fundo documental (material livro e não livro). Estes materiais são explorados pelas crianças, criando-se momentos de interação verbal muito enriquecedores. No final da sessão, as professoras, disfarçadas de palhaços, apresentam uma dramatização do texto “Aqui há palhaços”, retirado da obra A nuvem e o caracol, de António Torrado. É um momento mágico, de grande emoção e alegria!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cantando os nossos poetas

Ao longo do mês de outubro, Mês Internacional da Biblioteca Escolar, as BEs do agrupamento, em articulação com os docentes, desenvolveram diversas atividades com a finalidade de promover a missão da biblioteca na escola. Terminámos o mês em festa, com uma pequena homenagem aos nossos grandes poetas, tais como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner, David Mourão-Ferreira, entre outros.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

1.º DESAFIO ORTOGRÁFICO

Quais as alíneas em que todas as palavras estão corretas?

a)    super-rápido   /   ultramar   / antihigiénico
b)   semivogais    /   autorretrato   / autoestrada
c)    ex-presidente   / antiaéreo   /   pré-escolar
d)   pré-história   /   autoavaliação   /   antissocial
e)   pró-socialista   /   contra-regra   / inter-regional

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia Mundial da Alimentação

Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, as BEs da EB Nº2 e da EBIASM convidam-te a participar num jogo on-line alusivo ao tema “Alimentação Saudável”. O jogo decorrerá na 2ª feira, dia 17 de outubro.


Forma uma equipa e participa.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Outubro, mês internacional das bibliotecas escolares

No âmbito da comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, as BEs do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, em articulação com os docentes, levam a efeito, durante o mês de outubro, diversas atividades, com a finalidade de promover o valor da biblioteca na escola.
Serão realizadas as seguintes atividades:

- Sessões de formação de utilizadores destinadas aos alunos do 5.º ano e professores de Formação Cívica e Estudo Acompanhado - 10 a 19 de outubro;

- "Levo os meus pais à biblioteca" - atividade destinada aos pais e encarregados de educação dos alunos do 5.º ano - 24 a 28 de outubro;

- Organização de placards relativos às Bibliotecas Escolares em locais de destaque;

- Jogo educativo online sobre a alimentação - 17 de outubro (período de almoço);

- "Cantando os nossos poetas" - apresentação de poemas (cantados ou dramatizados) de autores portugueses, na BE da escola sede,  pelos alunos desta escola - 31 de outubro;

- " A BE vai às escolas do 1.º CEB e JI, levando a história Hoje há palhaços" - outubro e novembro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Feira do Manual Usado

Vai realizar-se uma feira do manual usado, em que os alunos e encarregados de educação poderão dar / vender e adquirir manuais usados a preço simbólico.
Pretende-se, com esta iniciativa, ajudar a reduzir os gastos financeiros das famílias nesta época de crise económica, consciencializar a comunidade escolar para a reutilização dos recursos educativos, reduzindo o seu desperdício ambiental e, ainda, prolongar o tempo útil dos manuais.
A recolha dos manuais adoptados efectuar-se-á nas Bibliotecas Escolares do Agrupamento até conclusão do ano lectivo.
A feira realizar-se-á na Escola Sede do Agrupamento em 30 de Junho,  ficando em aberto a possibilidade de se realizar novamente no início de Setembro. Para qualquer esclarecimento contactar as Bibliotecas Escolares do Agrupamento e/ou o professor Ricardo Oliveira.
Participa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Regulamento do Concurso de Poesia

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Concurso de Leitura online - 3ª fase

Retomou a estrada, marchou para Terni. E prodigiosa foi, desde esse dia, a actividade de sua virtude. Através de toda a Itália, sem descanso, pregou o Evangelho Eterno, adoçando a aspereza dos ricos, alargando a esperança dos pobres. O seu imenso amor ia ainda para além dos que sofrem, até aqueles que pecam, oferecendo um alívio a cada dor, estendendo um perdão a cada culpa: e com a mesma caridade que tratava os leprosos, convertia os bandidos. Durante as invernias e a neve, vezes inumeráveis dava, aos mendigos, a sua túnica, as suas alpercatas; os abades dos mosteiros ricos, as damas devotas de novo o vestiam, para evitar o escândalo de sua nudez através das cidades; e, sem demora, na primeira esquina, ante qualquer esfarrapado, ele se despojava sorrindo. Para remir servos que penavam sob um amo feroz, penetrava nas igrejas, afirmando, jovialmente, que mais apraz a Deus uma alma liberta que uma tocha acesa. Cercado de viúvas, de crianças famintas, invadia as padarias, açougues, até as tendas dos cambistas, e reclamava imperiosamente, em nome de Deus, a parte dos deserdados. Sofrer, sentir a humilhação eram, para ele, as únicas alegrias completas: nada o deliciava mais do que chegar de noite molhado, esfaimado, tiritando, a uma opulenta abadia feudal, e ser repelido da portaria como um mau vagabundo; só então, agachado nos lodos do caminho, mastigando um punhado de ervas cruas, ele se reconhecia verdadeiramente irmão de Jesus, que não tivera também, como têm sequer os bichos do mato, um covil para se abrigar. Quando um dia, em Perusa, as confrarias saíram ao seu encontro, com bandeiras festivas, ao repique dos sinos, ele correu para um monte de esterco, onde se rolou e se sujou, para que daqueles que o vinham engrandecer, só recebesse compaixão e escárnio. Nos claustros, nos descampados, em meio das multidões, durante as lides mais pesadas, orava constantemente, não por obrigação, mas porque na prece encontrava um deleite adorável. Deleite maior, porém, era, para o franciscano, ensinar e servir. Assim, longos anos errou entre os homens, vertendo seu coração como a água de um rio, oferecendo os seus braços como alavancas incansáveis; e tão depressa, numa ladeira deserta, aliviava uma pobre velha de sua carga de lenha, como numa cidade revoltada, onde reluzissem armas, se adiantava, com o peito aberto, e amansava as discórdias. Enfim, uma tarde, em véspera de Páscoa, estando a descansar nos degraus de Santa Maria dos Anjos, avistou de repente, no ar liso e branco, uma vasta mão luminosa que sobre ele se abria e faiscava. Pensativo, murmurou: - Eis a mão de Deus, a sua mão direita, que se estende para me colher ou para me repelir. Deu logo a um pobre, que ali rezava a Avé-Maria, com a sua sacola nos joelhos, tudo o que no mundo lhe restava, que era um volume do Evangelho, muito usado e manchado de suas lágrimas. No domingo, na igreja, ao levantar a Hóstia, desmaiou. Sentindo então que ia terminar a sua jornada terrestre, quis que o levassem para um curral e o deitassem sobre uma camada de cinzas. Em santa obediência, ao guardião do convento, consentiu que o limpassem dos seus trapos, lhe vestissem um hábito novo: mas, com os olhos alagados de ternura, implorou que o enterrassem num sepulcro emprestado, como fora o de Jesus, seu senhor. E, suspirando, só se queixava de não sofrer: O Senhor, que tanto sofreu, por que não me manda a mim o padecimento bendito? De madrugada pediu que abrissem, bem largo, o portão do curral. Contemplou o céu que clareava, escutou as andorinhas que, na frescura e silêncio, começaram a cantar sobre o beiral do telhado e, sorrindo, recordou uma manhã com Francisco de Assis à beira do lago de Perusa, o mestre incomparável se detivera ante uma árvore cheia de pássaros e, fraternamente, lhes recomendara que louvassem sempre o Senhor! "Meus irmãos, meus irmãos passarinhos, cantai bem a vosso Criador, que vos deu essa árvore para que nela habiteis, e toda esta limpa água para nela beber, e essas penas bem quentes para vos agasalharem, a vós e aos vossos filhinhos!" Depois, beijando humildemente a manga do monge que o amparava, Frei Genebro morreu.


Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.
1.A obra de frei Genebro espalhou-se por toda a Europa.
2.Frei Genebro tratava de forma altruísta e de modo indistinto todos os seres humanos.
3.A infelicidade de frei Genebro resultava do sofrimento e da humilhação.
4.Frei Genebro era frequentemente exposto das abadias como se fosse um vagabundo.
5.A felicidade de frei Genebro advinha de da oração, dos ensinamentos e do serviço ao próximo.
6.Frei Genebro teve medo da aproximação da morte porque iria sofrer imenso.

quinta-feira, 31 de março de 2011

I Concurso de Leitura online - 2ª fase

Frei Genebro

Do fundo da choça rude, que mais parecia cova de bicho, veio um lento gemido:Quem me chama? Aqui, neste canto, neste canto a morrer!... A morrer, meu irmão! Frei Genebro acudiu em grande dó; encontrou o bom ermitão estirado num monte de folhas secas, encolhido em farrapos e tão definhado que sua face, outrora farta e rosada, era como um pedaço de velho pergaminho, muito enrugado, perdido entre os flocos das barbas brancas. Com infinita caridade e doçura, o abraçou. E há quanto tempo, há quanto tempo, neste abandono, irmão Egídio? Louvado Deus, desde a véspera! Só na véspera, à tarde, depois de olhar uma derradeira vez para sol e para a sua horta, se viera estender naquele canto para acabar... Mas havia meses que com ele entrara um cansaço, que nem podia segurar a bilha cheia quando voltava da fonte. E dizei, irmão Egídio, pois que o Senhor me trouxe, que posso fazer eu pelo vosso corpo? Pelo corpo, digo; que pela alma bastante tendes vós feito na virtude desta solidão! Gemendo, arrepanhando para o peito as folhas secas em que jazia, como se fossem dobras dum lençol, o pobre ermitão murmurou: Meu bom frei Genebro, não sei se é pecado, mas toda esta noite, em verdade vos confesso, me apeteceu comer um pedaço de carne, um pedaço de porco assado... Mas será pecado? Frei Genebro, com a sua imensa misericórdia, logo o tranqüilizou. Pecado? Não, certamente. Aquele que, por tortura, recusa ao seu corpo um contentamento honesto, desagrada ao Senhor! Não ordenava ele aos seus discípulos que comessem as boas coisas da terra? O corpo é servo; e está na vontade divina que as suas forças sejam sustentadas, para que preste ao espírito, seu amo, bom e leal serviço. Quando Frei Silvestre, já tão doentinho, sentira aquela longo desejo de uvas moscatéis, o bom Francisco de Assis logo o conduziu à vinha, e por suas mãos apanhou os melhores cachos, depois de os abençoar para serem mais sumarentos e doces... É um pedaço de porco assado que apeteceis? – exclamava risonhamente o bom Frei Genebro, acariciando as mãos transparentes do ermitão – Pois sossegai, irmão querido, que bem sei como vos contentar- E imediatamente, com os olhos a reluzir de caridade e de amor, agarrou o afiado podão que pousava sobre o muro da horta. Arregaçando as mangas do hábito, e mais ligeiro que um gamo, porque era aquele um serviço do Senhor, correu pela colina até os densos castanheiros onde encontrara o rebanho de porcos. E aí, andando sorrateiramente de tronco para tronco, surpreendeu um bacorinho desgarrado que fossava a bolota, e desabou sobre ele, e enquanto lhe sufocava o focinho e os gritos, decepou, com dois golpes certeiros do podão, a perna por onde o agarrava. Depois, com as mãos salpicadas de sangue, deixando a rês a arquejar numa poça de sangue, o piedoso homem galgou a colina, correu à cabana, gritou dentro alegremente: Irmão Egídio, a peça de carne já o Senhor a deu! E eu, em Santa Maria dos Anjos, era bom cozinheiro. Na horta do ermitão arrancou uma estaca do feijoal, que, como podão sangrento, aguçou em espeto. Entre duas pedras acendeu uma fogueira. Com zeloso carinho assou a perna do porco. Era tanta a sua caridade que para dar a Egídio todos os antegostos daquele banquete, raro em terra de mortificação anunciava com vozes festivas e de boa promessa: Já vai aloirando o porquinho, irmão Egídio! A pele já tosta, meu santo! Entrou enfim na choça triunfalmente, com o assado que fumegava e rescindia, cercado de frescas folhas de alface. Ternamente ajudou a sentar o velho, que tremia e se babava de gula. Arredou das pobres faces maceradas os cabelos que o suor da fraqueza empastara. E, para que o bom Egídio não vexasse com a sua voracidade e tão carnal apetite, ia afirmando enquanto lhe partia as febras gordas, que também ele comeria regaladamente daquele excelente porco se não tivesse almoçado à farta na Locanda dos três Caminhos! Mas nem bocado agora me podia entrar, meu irmão! Com uma galinha inteira me atochei! E depois uma fritada de ovos! E de vinho branco, um quartinho! E o santo homem mentia santamente – porque, desde madrugada, não provara mais que um magro caldo de ervas, recebido por esmola à cancela de uma granja. Farto, consolado, Egídio deu um suspiro, recaiu no seu leito de folha seca. Que bem lhe fizera, que bem lhe fizera! O Senhor, na sua justiça, pagasse a seu irmão Genebro aquele pedaço de porco!... E o ermitão, com as mãos postas, Genebro ajoelhado, ambos louvaram, ardentemente, o Senhor que, a toda necessidade solitária, manda de longe o socorro.
Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.

1. O irmão Egídio vivia numa cabana agradável.

2. A face magra de Egídio estava coberta de barbas enegrecidas pelo tempo.

3. Já há muito tempo que Egídio se recolhera na sua cabana devido a um enorme cansaço.

4. Frei Genebro perguntou a Egídio se podia arranjar-lhe alimento para a alma.

5. Frei Genebro pensava que não era pecado alimentar o corpo com as “boas coisas da Terra”.

6. Embora tivesse fome, frei Genebro afirmou ter comido imenso, para que Egídio se alimentasse sem se sentir contrariado.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Semana da Leitura na Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal


No dia 28 de Março pelas 9h30, alunos, professores e elementos da comunidade, estiveram presentes na abertura oficial da Feira do Livro da Rede Concelhia da Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal. Paralelamente a esta iniciativa decorrerão actividades diversas nas escolas e bibliotecas do agrupamento cujo objectivo primordial visa promover a articulação entre ciclos, o incentivo ao prazer de ler e um maior envolvimento da comunidade em prol da promoção do livro e da leitura no concelho.

domingo, 27 de março de 2011

Semana da Leitura

I Concurso de Leitura online - 1ª fase

Frei Genebro

Nesse tempo ainda vivia, na sua solidão nas montanhas da Umbria, o divino Francisco de Assis – e já por toda a Itália se louvava a santidade de Frei Genebro, seu amigo e discípulo.
Frei Genebro, na verdade, completara a perfeição em todas as virtudes evangélicas.
Pela abundância e perpetuidade da Oração, ele arrancava da sua alma as raízes mais miúdas do pequeno, e tornava-a limpa e cândida como um desses celestes jardins em que o solo anda regado pelo Senhor, e onde só podem brotar açucenas. A sua penitência, durante vinte anos de claustro, fora tão dura e alta que já não temia o tentador; agora, só com o sacudir da manga do hábito, rechaçava as tentações, as mais pavorosas ou as mais deliciosas, como se fossem apenas moscas inoportunas.
Benéfica e universal à maneira de um orvalho de verão, a sua caridade não se
derramava somente sobre as misérias do pobre, mas sobre as melancolias do rico. Na sua humilíssima humildade ao se considerava nem igual dum verme. Os bravios barões, cujas negras torres esmagavam a Itália, acolhiam reverentemente e curvavam a cabeça a este franciscano descalço e mal remendado que lhes ensinava a mansidão.
Em Roma, em S. João de Latrão, o Papa Honório beijara as feridas de cadeiras que lhe tinham ficado nos pulsos, do ano em que na Mourama, por amor dos escravos, padecera a escravidão. E como nessas idades os anjos ainda viajavam na terra, com as asas escondidas, arrimados a um bordão, muitas vezes, trilhando uma velha estrada pagã ou atravessando uma selva, ele encontrava um moço de inefável formosura, que lhe sorria e murmurava: Bons dias, irmão Genebro!
Ora, um dia, indo este admirável mendicante de Spoleto para Terni, e avistando no azul e no sol da manha, sobre uma colina coberta de carvalhos, as ruínas do castelo de Otofrid, pensou no seu amigo Egídio, antigo noviço como ele no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, que se retirara àquele ermo para se avizinhar mais de Deus, e ali habitava uma cabana de colmo, junto das muralhas derrocadas, cantando e regando as alfaces do seu horto, porque a sua virtude era amena. E como mais de três anos tinham se passado desde que visitara Egídio, largou a estrada, passou embaixo do vale, sobre as alpondras, o riacho que fugiu por entre os aloendros em flor, começou a subir lentamente a colina frondosa. Depois da poeira e ardor do caminho de Spoleto, era doce e larga sombra dos castanheiros e a relva que lhe refrescava os pés doloridos. A meia encosta, numa rocha onde se esguedelhavam silvados, nas ervas húmidas, dormia, ressonando consoladamente, um homem, que decerto por ali guardava porcos, porque vestia um grosso surrão de couro e trazia, pendurada na cinta, uma buzina de porqueiro. O bom frade bebeu de leve, afugentou os moscardos que zumbiam sobre a rude face adormecida e continuou a trepar a colina, com o seu alforje, o seu cajado, agradecendo ao Senhor aquela água, aquela sombra, aquela frescura, tantos bens inesperados. Em breve avistou, com efeito, o rebanho de porcos, espalhados sob as frondes, roncando e fossando as raízes, uns magros e agudos, de cerdas duras, outros redondos, com o focinho curto afogado em gordura, e os bacorinhos correndo em torno às tetas das mães, luzidios e cor-de-rosa.
Frei Genebro pensou nos lobos e lamentou o sono do pastor descuidado. No fim da mata começava a rocha, onde os restos do castelo lombardo se erguiam, revestidos de hera, conservando ainda alguma seteira esburacada sobre o céu, ou, numa esquina de torre, uma goteira que, esticando o pescoço do dragão, espreitava por meio das silvas bravas.
A cabana do ermitão, telhada de colmo que lascas de pedra seguravam, apenas se percebia, entre aqueles escuros granitos pela horta que em frente verdejava, com os seus talhões de couve e estacas de feijoal, entre alfazema cheirosa. Egídio não andaria afastado porque sobre o murozinho de pedra solta ficara pousado o seu cântaro, o seu podão e a sua enxada. E docemente, para o não importunar, se àquela hora da sesta estivesse recolhido e orando, Frei Genebro empurrou a porta de pranchas velhas, que não tinha loquete para ser mais hospitaleira.
Irmão Egídio!

Entre as frases apresentadas, selecciona a opção correcta.
1.

a. Frei Genebro era amigo e mestre de Francisco de Assis.
b. Francisco de Assis partilhava com frei Genebro ensinamentos e amizade.
c. Frei Genebro vivia nas montanhas sozinho.

2.
a. A oração permitia a frei Genebro afastar qualquer pecado.
b. A alma de frei Genebro não tinha pecado porque ele o sacudia com a manga do hábito.
c. As tentações eram afastadas por frei Genebro após longa reflexão.

3.
a. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele era um anjo que viajava na terra.
b. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele não o vi há mais de três anos.
c. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele morava numa cabana para estar mais perto de Deus.

4.
a. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a porta estava aberta.
b. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a sua horta estava verdejante.
c. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que os instrumentos de trabalho estavam à vista.

Entrega as tuas propostas de correcção na Biblioteca numa folha de papel devidamente identificada.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Concurso Nacional de Leitura - fase distrital

O Concurso Nacional de Leitura tem como objectivo estimular o prazer de ler e a leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário, mediante o lançamento de provas de leitura para apurar os melhores leitores.
Este ano, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura irá ter lugar na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, em Moimenta da Beira, no dia 8 de Abril. Serão seleccionados os jovens que irão representar o distrito de Viseu na fase final.
Este ano, as obras para esta fase do concurso são as seguintes:

Ensino Secundário:
RIBEIRO, Aquilino - Um escritor Confessa-se;

SEPÚLVEDA, Luís – A sombra do que fomos.

3º Ciclo:
SWIFT, Jonathan – Viagens de Gulliver.

CARVALHO, Mário – A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho.

O Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal estará representado por 12 participantes, 9 alunos do 3º ciclo e 3 alunos do Ensino Secundário.
A todos eles desejamos os melhores sucessos e... boas leituras!

I Concurso de Leitura online

As bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal vão promover o 1.º Concurso de Leitura online, destinado a alunos dos 2.º e 3.º ciclos.

O concurso terá como objecto um conto de Eça de Queirós (na versão adaptada por Luísa Ducla Soares, para o 2.º ciclo, e na versão original, para o 3.º ciclo). Sobre este conto serão publicadas nas páginas do blogue de cada biblioteca um conjunto de questões que incidirão sobre um excerto do conto, que será também publicado nos respectivos blogues.

O concurso organiza-se em quatro fases, sendo cada uma composta por um excerto acompanhado pelas respectivas questões, que terão lugar nas seguintes datas:

• 28 de Março;

• 31 de Março;

• 4 de Abril;

• 7 de Abril.

Os alunos interessados em participar no concurso deverão ler os excertos e tomar conhecimentos das questões nos blogues da biblioteca das suas escolas e deverão, posteriormente, entregar as propostas de correcção do questionário, em folha de papel, devidamente identificada com nome completo, número e turma, na biblioteca da sua escola, até ao dia seguinte ao da publicação de cada questionário.

O vencedor de cada ciclo terá direito a um prémio.

terça-feira, 1 de março de 2011

Descobre o poema

Eis o poema escondido desta quinzena. Serás tu a descobri-lo?

Descobre o poema - Solução

Eis a solução do último poema escondido:

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.


Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
                    Luís de Camões


A vencedora da edição passada foi:

Rita Marques, 12.º A

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Química em Destaque

Concurso Nacional de Leitura - Fase Distrital



Já foram seleccionados os livros  para a Fase Distrital do Concurso Nacional de Leitura 2011, que este ano irá decorrer na Biblioteca Municipal de Moimenta da Beira.


 3º Ciclo:


SWIFT, Jonathan – Viagens de Gulliver.
CARVALHO, Mário – A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho.

Ensino Secundário:


RIBEIRO, Aquilino - Um escritor Confessa-se;
SEPÚLVEDA, Luís – A sombra do que fomos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dia Mundial da Internet Segura

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Internet Segura, este ano subordinado ao lema "Estar online é mais do que um jogo. É a tua vida."
Deixamos aqui este vídeo para reflectires e, eventualmente, alterares as tuas práticas online.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Descobre o poema

Apresentamos-te o poema "escondido" desta semana.

Descobre o poema - Solução

Eis a solução do poema da quinzena que findou:

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ciclo de Cinema "Os filmes dos meus livros"

Esta semana tem início na Biblioteca Escolar, com a exibição do filme "Crepúsculo", o ciclo de cinema "Os filmes dos meus livros", em simultâneo com a exposição dos livros e respectivas versões cinematográficas. Os filmes são apresentados semanalmente, até ao mês de Maio, às segundas e terças ou às quintas e sextas-feiras, das 13h00 às 14h15.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Descobre o poema - Solução

O poema escondido é da autoria de Fernando Pessoa e intitula-se Liberdade:
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
      Fernando Pessoa
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            A vencedora da última edição é…

                                               Romina Santos, n.º 13, 12.ºA

ExpoEmpresas na Escola Secundária de Carregal do Sal

               No dia 11 de Janeiro de 2011, os alunos que frequentam a disciplina de Gestão e Marketing, do Curso Profissional de Técnico de Viticultura e Enologia, orientado pela professora Aldina Mendes, organizaram uma actividade designada “ExpoEmpresas”.
                Esta sessão decorreu na Biblioteca da Escola Secundária, onde os alunos apresentaram propostas de empresas, no domínio da enologia, da dança, de adornos pessoais, de recuperação de materiais, entre outros.
                A exposição foi visitada tanto por alunos como professores e foi do agrado de todos.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Alunos apurados para a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura

 
O Concurso Nacional de Leitura tem como objectivo estimular o prazer de ler e da leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário, mediante o lançamento de provas de leitura para apurar os melhores leitores.

As provas desdobram-se em 3 fases: na 1ª, já realizada ao nível de escola, foram apurados os seguintes alunos:

3º ciclo
Maria Santos Batista, 9ºA
Diogo Batista Barros, 9ºB
Inês Fernandes Pedrosa, 7ºA

Ensino Secundário:
Nuno Tiago Fidalgo Tavares, 10ºB
Tatiana da Silva Cunha, 11ºA
Diogo Pedrosa, 11ºA

Parabéns a todos os alunos participantes, muito especialmente aos vencedores.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Apresentação do projecto "Química em destaque"



Olá caros visitantes do blogue da biblioteca!

Nós, o grupo Química+, constituído por quatro jovens amantes da química, no âmbito da disciplina de Área de Projecto do 12º ano, estamos a desenvolver um projecto que visa, em linhas gerais, a divulgação da espectacularidade da Química. Para tal, estamos a trabalhar em três sub-projectos que são parte integrante do projecto base Química+. Assim sendo, neste blogue vão ter oportunidade de ter acesso ao “Química em Destaque”, que tem como principal objectivo a divulgação mensal da actualidade na área da Química.
Esperamos surpreender-vos com as novidades!
O grupo Química+
Adriana
Carina
Francisco
Rita

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Biblioteca Particular de Fernando Pessoa online

Os livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente online desde ontem à tarde no site da Casa Fernando Pessoa. Até agora, só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo que é "riquíssimo", mas com o site bilingue (português e inglês) e disponível em  http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/ em qualquer lugar do mundo, com uma ligação à Internet é possível consultar, página a página, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações - incluindo poemas - que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros.